Eduardo Beggiato e Edwiges Leal projetaram a criação da B&L no início da década de 90, e se incluíram no seleto grupo de arquitetos dos anos 80 que elegeram o mercado de trabalho como foco de atuação profissional.

A característica conceitual mais importante desta proposta de abordagem reside na disposição de renunciar a projeções personalistas e criar soluções administradas em parceria plena com seus clientes, compartilhando desafios e assumindo compromisso com resultados. Longe de abrir mão da invenção, esta postura agrega um teor especial de responsabilidade técnica, levando em conta os vetores concretos que condicionam as especificações de cada projeto, seus objetivos funcionais e sua inserção harmoniosa no entorno construtivo. Uma arquitetura silenciosa, que não tem por meta erguer marcos iconográficos, mas elaborar soluções que perduram no tempo e no espaço pela serenidade e precisão no uso da técnica, atenta aos aspectos da comunicação social e do marketing de relacionamento, do conforto visual e da gentileza urbana.

As realizações da B&L documentam o sucesso desta proposta de atuação em vários segmentos de mercado e confirmam a vocação da arquitetura para concretizar idéias e formatar possibilidades, ainda que o sonho pareça impossível.